Prêmio selecionou 22 projetos que propõem inovação nas categorias governo, sociedade e mercado

Da Redação

O Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, junto com o Porto Digital, divulga a lista dos 22 finalistas da primeira edição do Prêmio Pernambuco Inovador. A iniciativa, que conta com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI)/Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e Ministério da Ciência e Tecnologia, tem como objetivo principal incentivar o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação no desenvolvimento de soluções inovadoras para serem aplicadas na economia pernambucana. Os projetos escolhidos foram analisados por dez jurados selecionados e divididos de acordo com as três categorias: inovação para o mercado – ações que estimulem a melhoria na competitividade dos setores produtivos –, inovação para o governo, projetos que ampliassem os resultados da ação governamental e melhorassem a eficiência dos serviços e inovação para a sociedade, com foco na ampliação da inclusão social e promoção da cidadania.

“A base para a competitividade se chama inovação. Com a concorrência acirrada, as empresas precisam investir em soluções inovadoras para se manterem vivas e prosperas”, avisa Francisco Saboya, presidente do Núcleo de Gestão do Porto Digital. Atentos a esses critérios, de ineditismo e do uso de TIC, os dez especialistas da área de inovação escolheram a dedo cada projeto finalista dos três agentes inovadores (empresas, instituições sem fins lucrativos e projetos criados por estudantes de curso técnico ou superior).

Enquanto empresas e instituições sem fins lucrativos deveriam ter seus projetos implantados e em funcionamento, os dos estudantes poderiam ser entregues apenas na teoria. “Nossa maior preocupação (na avaliação dos estudantes) era a aplicabilidade das soluções desenvolvidas. Procuramos uma teoria que pudesse sair do papel e ser aplicada na vida real”, explica Joaquim Costa, presidente da Agência de Tecnologia da Informação de Pernambuco (ATI) e julgador da categoria governo. Antônio Alexandre, presidente da Agência Condepe/Fidem e parte da comissão julgadora das soluções voltadas para o mercado ressalta que a contribuição social também pesou na hora da decisão. Projetos voltados para melhoria da qualidade de vida e acessos à serviços em geral saíram ganhando. “Procuramos aquilo que seria capaz de ser implantado. E apesar de não existir uma temática, percebemos que inovações voltadas para melhorias de gestão interna, com aperfeiçoamento de determinados serviços e integração dos processos produtivos foram maioria”, afirma.

Outro aspecto que ganhou destaque entre os inscritos foi os serviços na web. Yves Nogueira, presidente da Assespro/PE e julgador no quesito governo, ressalta a tendência mundial pela praticidade. “Hoje todo mundo resolve tudo pela internet. Percebemos uma certa tendência nos finalistas em investir nas soluções para esse setor”, diz. “Muitos projetos trouxeram inovações nos processos telemáticos, que é a transmissão online de dados e processamento de informações e transações comerciais”, completa Antônio Alexandre. Já Joaquim Costa, acredita que além de trazer boas possibilidades para a sociedade, o prêmio deverá trazer ainda mais amadurecimento para o setor tecnológico e empresarial. “O esperado é que a cada edição o nível dos projetos sejam ainda maiores”, torce Costa.

Cada um dos vencedores receberá, além do diploma, um troféu do prêmio e terá suas iniciativas divulgadas nos veículos do SJCC. Fora isso, um dos estudantes ganhadores terá a oportunidade de ver seu projeto selecionado para incubação no Porto Digital, que ainda produzirá a Revista Pernambuco Inovador com as nove iniciativas premiadas. Outro benefício trazido pelo prêmio é a conscientização do empresariado pernambucano quanto à importância de TIC no crescimento das empresas. “As indústrias, principalmente do Estado, estão começando a despertar para a necessidade de inovar. O Pernambuco Inovador vem para mostrar de forma prática como esses empresários podem investir em inovação baseada em tecnologia da informação”, garante Gilane Silva, diretora-superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/PE) e jurada da parte voltada para mercado. “A pesquisa realizada pela organização Comptia comprova que 35% dos ganhos em competitividade dos setores produtivos de grandes empresas se deram devido a inovações em TIC”, complementa Saboya.