Sou um admirador do Projeto i-Educar de longa data, já tendo instalado o sistema no passado para testes.
Agora surgiu a oportunidade de instalá-lo numa prefeitura. Indiquei-o por gostar do conceito e da abrangência da ferramenta, cobrindo escola, secretaria, patrimônio, pais e até o fluxo da informação.
Porém notei o desenvolvimento do código está parada há mais de 2 anos, o roadmap com novas implementações importantes não avançou e, principalmente, sinto o sistema "isolado" sem a fundamental integração com o EducaCenso do MEC.
Evidentemente isso me faz bater uma grande insegurança.
Não tenho problemas com o código desatualizado. Se o sistema está funcionando em produção, com prefeituras utilizando com sucesso, é preferível um código estável a um mais novo, porém instável. Eventuais problemas tendem a ser mínimos e podem ser resolvidos com apoio da comunidade ou solitariamente.
O roadmap dá "água na boca", mas os novos recursos só seriam usados em produção após muitos testes e uma vez considerados estáveis implicariam em um inevitável upgrade nos sistemas já instalados. Isso significa que a atual versão 1.1.0 é o padrão e que nos conformemos com isso.
Porém, imaginar que a prefeitura terá que digitar TODOS os cadastros de alunos, professores, escolas e patrimônio... E pior, que ela não terá como exportar as atualizações da base para o EducaCenso como é obrigada a fazer anualmente... Esse é um gargalo que atrasa a implementação de um lado e inviabiliza uma rotina importantíssima do outro.
Queria saber como "desmontar essa bomba-relógio" do EducaCenso em específico. Percebo que alguns prestadores de serviço construíram suas próprias soluções privadas, provavelmente fora do código original, e que no Git de desenvolvimento tem uma parte nova sobre o EducaCenso posta pelo Erick há 2 anos, mas sem comentários no código que atestem a funcionalidade. Além disso, nos chats do 4CMBr os mantenedores descartam já ter esta integração pronta.
Um outro fato, também, é que ocorrem mudanças anuais nas tabelas exportadas pelo EducaCenso no site do MEC. Então acho certo supor que qualquer implementação passada para importação pelo i-Educar, mesmo que funcional na época, não funcionará agora.
Acho uma pena. O i-Educar é um projeto muito bom, apesar da complexidade do desenvolvimento. Há mercado para o seu conceito, que agrada educadores e gestores. Porém, as dificuldades de instalação, datação do código e falta de integração nativa com o EducaCenso e o e-Cidade (por exemplo), tendem a afastar novos usuários.
O e-Cidade, que acaba de lançar uma interface educacional "mais palatável", aposta em um conceito mais técnico, de maior controle e bem menos pedagógico, porém ele está integrado ao EducaCenso e suporta a migração de dados do i-Educar, podendo retirar-lhe clientes já consolidados.
Um abraço,
Jaime Balbino
edulivre! educação livre!
Autor: Jaime Balbino

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