33 comentários

• Tatiana Al-Chueyr Pereira Martins(usuário não autenticado)

  8 de Abril de 2008, 13:35

   

  Olá Endrigo,

  Desculpe pela demora em responder a esta mensagem. A idéia é que outras pessoas da comunidade auxiliem nas respostas, enviando mensagens para a lista. Como a Comunidade InVesalius é relativamente nova, é normal ainda não haver manifestações de outras pessoas em temas importantes como este, mas acredito que isso irá melhorar, conforme a Comunidade InVesalius torne-se mais madura.

  Micro tomografia

  Na história do InVesalius, ainda não fizemos reconstrução de um exame desses. A princípio, o software  irá reconstruir os dados tão bem quanto reconstrói outras estruturas no formato DICOM. Por favor, informe quais foram os resultados. Você poderia disponibilizar os arquivos para fazermos testes?

  InVesalius vs Mimics 

  Todo tipo de comparação entre softwares - de quaisquer áreas - é bastante delicado. É mais complicado, ainda, você pedir uma comparação para um coordenador / desenvolvedor de um dos softwares em questão. Tentarei ser o menos parcial, possível mas leve em consideração que participo do desenvolvimento do software há 4 anos.

  Não há dúvidas que o Mimics, da Materialize, é um bom software na área de imagens médicas. Entretanto, ele é um software comercial - tendo propostas e objetivos diferentes do InVesalius. Há algum tempo ocorreu uma discussão nesta lista, sendo que o InVesalius foi comparado ao software eFilm. Acredito que ela pode ser aplicada a esta discussão:
  www.​soft​ware​publ​ico.​gov.​br/d​otlr​n/cl​ubs/​inve​sali​us/f​orum​s/me​ssag​e-vi​ew?m​essa​ge%5​fid=​3159​271

  O InVesalius busca oferecer as mesmas funcionalidades de bons softwares da área. Até onde temos conhecimento, nunca foi realizado um teste para comparar exaustivamente InVesalius e Mimics. Já foram realizadas teses e dissertações, por diversas pessoas (dentre os quais Eduardo Meurer e Cristiane Brasil, que estão na Comunidade InVesalius), nos quais eles utilizaram o InVesalius e outros softwares da área - mas com outros objetivos que não a comparação direta - e obtiveram resultados bastante semelhantes. A margem de erro para reconstruções geradas através do InVesalius, em relação a demais softwares testados, tem sido mínima.

  Está sendo realizado um estudo, por parte de Marcelo Salles e Carla Ruffeil, do Labi3D da Odontologia da USP, no qual eles comparam medidas em modelos reconstruídos com InVesalius e com Vitrea, utilizando como referência crânios secos. Como resultado, há uma mensagem de Marcelo Salles onde ele diz:
  "Após o término da parte experimental da tese e análise estatística dos dados ficamos muito felizes com o desempenho do módulo de craniometria 3D do InVesalius 2.0. Não houve diferenças estatísticas, tanto
  nas medidas lineares quanto nas angulares, quando comparadas ao padrão-ouro e nem ao software Vitrea 3.8.1.1. Vale ressaltar que esses resultados foram observados para ambos os avaliadores (Carla e Marcelo Sales)."

  Ainda há muito o que melhorarmos no InVesalius. Entretanto, ele já foi utilizado com bastante eficiência para a reconstrução de mais de 800 casos médicos, dentro do CenPRA, e tem sido utilizado por empresas como a Einco (http://www.eincobio.com.br/portugues/modelagem/index.php), que vendem serviços na área. Neste site, inclusive, há uma imagem de printscreen do InVesalius 1.0.

  O software InVesalius ainda tem muito o que madurecer. Entretanto, precisamos do apoio de vocês, usuários, para melhorá-lo. É fundamental que todos reportem erros e dêem. Apenas assim poderemos melhorá-lo.

  Problemas como os apontados por José Guilherme Carvalho Belucci (http://www.softwarepublico.gov.br/dotlrn/clubs/invesalius/forums/message-view?message%5fid=3390204)
  são de grande valia e apresentam pontos do InVesalius a serem melhorados. Estamos trabalhando nestas questões e em breve disponibilizaremos versões com atualizações. Entretanto, o InVesalius só será melhor se tivermos retorno da Comunidade em relação aos problemas encontrados.

  Abraços,

  Tatiana

  
  

  • Endrigo Ramos(usuário não autenticado)

    11 de Abril de 2008, 17:58

     

    Muito obrigado Tatiana,

    Vou fazer alguns ensaios mecânicos através do InVesalius e comparar com a literatura. Assim, passo para você os resultados que obtive.

     Abraços!

    
    
  • j. roque teixeira(usuário não autenticado)

    17 de Abril de 2008, 10:36

     

    conheço razoavelmente ambos e outros mais. depende basicamente do que se busca. praticamente nao ha diferenças sensiveis entre resultados. o que ha de melhor no mimics é a amplitude de comandos e configurações, ajustes etc. para modelagem, ambos exportam em modelos similares. o mimics tem mais ferramentas, mas a edição tambem e limitada como no invesalius.

    quanto ao problema de analises de resistencia pelo metodo de elementos finitos, considero que não faz sentido. vc vai entender porque - alias toda a comunidade que trabalha com estruturas osseas precisa de conhecer o fundamento basico da ossatura dos vertebrados.

    não existe como se comparar resistencia de ossos, se nao se atentar para o mais importante:

    os ossos são formações teciduais que se desenvolvem dependendo do local e do esforço a que são submetidos "em vida"; isto é nao sao estruturas estanques de consistencia uniforme e permanente. esse é um erro comum quando se trata de estrutura ossea -considera-los como estruturas isonomicas semelhantes. cada osso de um mesmo organismo, ainda que com a mesma seção pode ter resistencia totalmente diferente se no local considerado -seção - tiver sido submetido a esforços, ou tensoes diferentes. isto porque o que define a resistencia às tensões são os resultados da cristalização local e na direção correspondente à resistencia ao esforço considerado. quer dizer; um umero terá certamente resistencias diferentes entre um "lado" e outro, pois terá sido formado e cristalizado sob tensões diferentes a cada lado. assim ainda que a media das resistencias dos ossos em geral, possa ser encontrada, o valor ainda estara longe da verdade. a outra razão é que os ossos vivos tem resistencia muito superior aos modelos cadavericos, pois são apenas "arcabouços" sem as fibras e tecidos moles interligantes!

    compare-se a galhos de arvore secos e verdes para se entender melhor o que digo.

    muitos profissionais fazem essa pergunta, mas quem se deixará submeter a um teste ou analise de resistencia à fadiga? faze-lo em osso limpo nao tem sentido, pois o esqueleto dos vertebrados é mutante, variavel e constantemente recristalizado ao oposto às tensoes a que e submetido!