Para aqueles que não conhecem e sempre tiveram curiosidade segue um breve relato sobre a história de como surgiu e evoluiu o WI.
Em 1997, eu (Geraldo Moraes), comecei a trabalhar no TJSE que na época possuia 95% dos seus sistemas rodando em OpenM (versão antiga do Caché) e alguns novos sistemas sendo concebidos com arquitetura cliente servidor usando Delphi ou VB. Sugeri então ao diretor do departamento de informática
a criação de consultas Web para os processos, pois seria bastante útil para o usuário final e para nós serviria como CASE a fim de descobrirmos as dificuldades a serem enfrentadas. A primeira versão foi feita usando Apache com CGI (chamando rotinas OpenM através do Mweb) que funcionou corretamente mas apresentava problemas de desempenho com muitos acessos e obrigava os web designers a conhecer a lingugem de programaçao do OpenM (mumps) para poder alterar o layout das páginas. Na época o java era uma novidade e sempre achei ele bastante interessante pelo fato de ser multiplataforma e ser muito modularizado. Criamos então uma segunda versão do sistema de consulta processual utilizando o Mjava (módulo java desenvolvido que se comunicava através de sockets com o OpenM e renderizava páginas html substituindo marcadores entre pipes (alguem já notou a similaridade com o WI?).
No ano de 1998 fui convidado por jorge Santana (Infox) devido a minha experiência com Java para criar uma abordagem equivalente a do TJSE a fim de ser usada em outros clientes com versões Mumps (OpemM, DTM, etc) entre eles a JFSE. Criamos uma série de sistemas Web usando uma nova versão melhorada do Mjava e uma versão muito mais poderosa do Producer (núcleo responsável por processar os pipes) onde eu ficava a cargo das interfaces Web e classes Java enquanto Jorge (sim, ele já foi programador e dos bons) criava as rotinas M necessárias para acessar as globais (global no M equivale a tabela no relacional).
Surgiu então a ideia de criarmos uma ferramenta Web para facilitar o desenvolvimento de aplicações usando java e em 2000 foi criada uma empresa (NetAdvance) para desenvolver o WebIntegrator 1.0 além de serviços como instalação e configuração de Linux. A aplicação de uma interface e desenvolvimento Web abriu
novas pespectivas de negócios e aumentou a produtividade tornando muito simples e robusta a criação de cadastros e consultas web em java.
Em 2002 decidiu-se investir ainda mais no WI e então a NetAdvance deixou de existir e todos os clientes e serviços passaram para a Infox e foi criada a ITX com objetivo de apenas se dedicar ao WI fazendo sua manutenção e continua melhoria. Com a ITX surge o WI 2.0 onde a interface foi completamente reescrita
e alguns conceitos de nomenclatura de páginas foi alterado (O wi 2 já tem a base conceitual e de interface que é usada ainda hoje). Da equipe responsável pelo WI na Netadvance apenas eu continuei no projeto e já como ITX apareceu Luiz Ruiz que com sua habilidade enriqueceu e melhorou a interface do builder. Juntos, nós conduzimos a equipe ITX na concepção das diversas versões do WI enquanto a Infox e Tecnisys, empresas parceiras da ITX que utilizam o WI, montaram equipes para desenvolver os sistemas onde podemos citar alguns dos principais técnicos: Jandson (Infox - AJU), Luciano Borges (Infox - Salvador),
Marcelo Rodrigues (Tecnisys).
Em 2005 surgiu o WI 3 onde a principal alteração foi a transformação interna em páginas jsp com taglibs o que gerou um aumento de performance além de maior aderencia a padrões de mercado.
Por uma decisão estrategica a ITX abriu o código fonte do WI 3.3 em 2007 colocando-o no portal do software publico e em 2008 eu me desliguei da ITX e criei uma empresa (Incognita Digital) dando continuiade paralela ao produto através da versão alternativa identificada por incognita.
Espero que tenham gostado.
Autor: Geraldo Moraes
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