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Authored by Hilmer Rodrigues Neri
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ajustes na secao licoes

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cbsoft2017/content/09-lessons.tex
@@ -5,8 +5,7 @@ @@ -5,8 +5,7 @@
5 % 5 %
6 Nossa equipe foi composta principalmente de estudantes de graduação em 6 Nossa equipe foi composta principalmente de estudantes de graduação em
7 engenharia de software, que tiveram a oportunidade de interagir com 7 engenharia de software, que tiveram a oportunidade de interagir com
8 -desenvolvedores sênior e designers dentro da equipe, bem como com a equipe de  
9 -técnicos e gerentes do governo brasileiro. 8 +desenvolvedores e designers sêniores dentro da equipe, bem como com a equipe de técnicos e gerentes do governo brasileiro.
10 % 9 %
11 Eles interagiram com profissionais que possuíam diversos conhecimentos e foram 10 Eles interagiram com profissionais que possuíam diversos conhecimentos e foram
12 capazes de participar em todos os níveis do processo de desenvolvimento de 11 capazes de participar em todos os níveis do processo de desenvolvimento de
@@ -37,19 +36,14 @@ maneira coletiva, colaborativa e aberta. E mesmo sob um ambiente potencialmente @@ -37,19 +36,14 @@ maneira coletiva, colaborativa e aberta. E mesmo sob um ambiente potencialmente
37 adverso, o projeto entregou a solução desejada com sucesso. 36 adverso, o projeto entregou a solução desejada com sucesso.
38 % 37 %
39 Ao final do projeto, notamos que as habilidades desenvolvidas pelos alunos 38 Ao final do projeto, notamos que as habilidades desenvolvidas pelos alunos
40 -estavam no estado da arte da prática de engenharia de software. Depois que o  
41 -projeto terminou, tivemos membros da equipe que abraçaram com sucesso 39 +os capacitaram próximo ao estado da prática de engenharia de software. Após a conclus\~ao do
  40 +projeto, tivemos membros da equipe que abraçaram com sucesso
42 oportunidades em organizações públicas, privadas, nacionais e internacionais, 41 oportunidades em organizações públicas, privadas, nacionais e internacionais,
43 -além dos estudantes que entraram no empreendedorismo e abriram suas próprias  
44 -empresas. No início do projeto, as partes interessadas do governo brasileiro  
45 -tinham certas expectativas sobre o desenvolvimento de projetos que, digamos,  
46 -não correspondiam exatamente ao nosso trabalho baseado em práticas ágeis e de  
47 -software livre. Tivemos que desenvolver estratégias que apoiassem diferentes  
48 -culturas organizacionais. Conforme relatado na seção\ref{sec:process}, o Ministério do Planejamento é  
49 -organizado em uma estrutura organizacional hierárquica, tipicamente,  
50 -um paradigma de desenvolvimento tradicional. Portanto, tivemos que criar um  
51 -processo de ``tradução'' entre nossa equipe e os analistas do MP que gerenciaram o  
52 -projeto do lado deles. 42 +além dos estudantes que empreenderam e abriram suas próprias
  43 +empresas. Conforme relatado na seção\ref{sec:process}, o MP possui uma estrutura organizacional funcional, hierárquica, tipicamente presente no paradigma de desenvolvimento tradicional. Diante disso, tivemos que desenvolver estratégias e processos de trabalho que apoiassem a comunicação de diferentes culturas organizacionais.
  44 +
  45 +
  46 +
53 47
54 \textbf{Gerenciar separadamente os objetivos de nível estratégico e de nível operacional.} 48 \textbf{Gerenciar separadamente os objetivos de nível estratégico e de nível operacional.}
55 % 49 %
@@ -62,43 +56,33 @@ sobrecarregando os professores, uma vez eles eram responsáveis por @@ -62,43 +56,33 @@ sobrecarregando os professores, uma vez eles eram responsáveis por
62 manter o alinhamento estratégico do MP sincronizado com os planejamentos de 56 manter o alinhamento estratégico do MP sincronizado com os planejamentos de
63 implementação da equipe de desenvolvimento, especialmente à luz do 57 implementação da equipe de desenvolvimento, especialmente à luz do
64 desmembramento cultural acima mencionado. A mistura de ambas as preocupações 58 desmembramento cultural acima mencionado. A mistura de ambas as preocupações
65 -nas mesmas discussões causava confusão em ambos os lados. Para o meio e fim do 59 +nas mesmas discussões causava confusão em ambos os lados. Na metade final do
66 projeto, conseguimos manter essas preocupações separadas, o que facilitou o 60 projeto, conseguimos manter essas preocupações separadas, o que facilitou o
67 trabalho de todos os envolvidos. 61 trabalho de todos os envolvidos.
68 62
69 \textbf{Não aceitar más decisões técnicas por questões políticas.} 63 \textbf{Não aceitar más decisões técnicas por questões políticas.}
70 % 64 %
71 -Nas fases iniciais do projeto, por motivação política e pessoal, os principais  
72 -atores do governo brasileiro, envolvidos na época, impuseram o uso da Colab  
73 -para orientar o desenvolvimento da nova plataforma SPB. Nossa equipe estava  
74 -totalmente contra a essa ideia, porque já sabíamos que o Colab era um projeto  
75 -muito experimental e sua adoção poderia aumentar dramaticamente a complexidade  
76 -do projeto. Mesmo nós fornecendo as razões técnicas para não utilizar Colab, MP  
77 -foi inflexível e tivemos de gerir este problema. Fizemos mudanças maciças e, ao  
78 -final do projeto, reescrevemos completamente o Colab e o tornamos estável (o  
79 -transformando em um Sistema de Sistema em camada de aplicação). É importante  
80 -notar que o MP nos obrigou a aceitar uma questão técnica baseada apenas em  
81 -interesses políticos, sem considerar todos os recursos que seriam gastos devido  
82 -a essa decisão. Ao final do projeto, verificamos que a Colab de fato consumiu a  
83 -maior quantidade do orçamento e aumentou a complexidade do projeto. 65 +Nas fases iniciais do projeto, por motivação política, os principais
  66 +atores do MP, envolvidos à época, impuseram a restrição do uso do software Colab. Nossa equipe foi contra a essa ideia, porque sabíamos que o Colab era um projeto
  67 +muito experimental e sua adoção poderia aumentar a complexidade
  68 +do projeto. Mesmo com as justificativas técnicas para não adoção do Colab, o MP manteve a restrição e tivemos de gerir este problema. Para adequar o Colab às necessidades do SPB, ao
  69 +final do projeto, tivemos que reescrevê-lo e com isso, o tornamos estável (o
  70 +transformando em um Sistema de Sistema em camada de aplicação). Ao final do projeto, verificamos que o Colab, de fato, consumiu a
  71 +maior quantidade do orçamento e contribuiu sobremaneira para o aumento da complexidade do projeto.
84 72
85 \textbf{Considerar a sustentabilidade desde o início.} 73 \textbf{Considerar a sustentabilidade desde o início.}
86 % 74 %
87 No processo de implantação da plataforma SPB na estrutura do MP, tivemos que 75 No processo de implantação da plataforma SPB na estrutura do MP, tivemos que
88 -interagir com os técnicos do MP. Fizemos vários workshops, treinamento e uma 76 +interagir com os técnicos do MP. Realizamos workshops, treinamentos e uma
89 documentação meticulosa descrevendo todos os procedimentos necessários para 77 documentação meticulosa descrevendo todos os procedimentos necessários para
90 -atualizar a plataforma, no entanto, percebemos que os técnicos do MP  
91 -constantemente evitavam essa responsabilidade. Depois de notar essa situação,  
92 -nós organizamos uma equipe de DevOps específica que automatizou completamente  
93 -todo o procedimento de implantação. Nós simplificamos toda a implantação da  
94 -plataforma para algumas etapas: (1) configurações iniciais (apenas configuração  
95 -SSH) e (2) a execução de comandos simples para atualizar completamente a  
96 -plataforma. Ao final do projeto, observamos que os técnicos do MP sempre dependiam 78 +atualizar a plataforma. Organizamos uma equipe específica de DevOps que automatizou completamente
  79 +todo o procedimento de implantação. Simplificamos a implantação da
  80 +plataforma em algumas etapas: (1) configurações iniciais (apenas configuração
  81 +SSH) e (2) a execução de comandos para atualizar completamente o ambiente. Ao final do projeto, observamos que os técnicos do MP sempre dependiam
97 do nosso apoio para atualizar a plataforma, mesmo com toda a automação 82 do nosso apoio para atualizar a plataforma, mesmo com toda a automação
98 -fornecida por nós. Ficamos tristemente com um sentimento de incerteza sobre o  
99 -futuro da plataforma após o término do projeto. Em retrospectiva, percebemos 83 +fornecida por nós. Em retrospectiva, percebemos
100 que o MP dedicou analistas de sistemas e gerentes para o projeto, mas não 84 que o MP dedicou analistas de sistemas e gerentes para o projeto, mas não
101 -técnicos de operações e desenvolvedores, que deveria ter sido envolvido com o 85 +técnicos de operações e desenvolvedores, que deveriam ter sido envolvidos com o
102 processo para que pudessem, pelo menos, de forma confortável, fazer a manutenção 86 processo para que pudessem, pelo menos, de forma confortável, fazer a manutenção
103 da infra-estrutura plataforma. 87 da infra-estrutura plataforma.
104 88
@@ -111,6 +95,6 @@ disponíveis no próprio Portal SPB. Também contribuímos com funcionalidades e @@ -111,6 +95,6 @@ disponíveis no próprio Portal SPB. Também contribuímos com funcionalidades e
111 melhorias para as respectivas comunidades dos projetos integrados: que 95 melhorias para as respectivas comunidades dos projetos integrados: que
112 beneficiam essas comunidades, assim como nós, pois podemos compartilhar o 96 beneficiam essas comunidades, assim como nós, pois podemos compartilhar o
113 desenvolvimento futuro e o esforço de manutenção com outras organizações que 97 desenvolvimento futuro e o esforço de manutenção com outras organizações que
114 -participam de seus projetos. 98 +participam desses projetos.
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