O ministro das Comunicação, Hélio Costa, disse nesta terça-feira que será necessário dar medidas de incentivo a fabricantes do conversor da TV digital para que o equipamento custe cerca de R$ 200 ao consumidor. Os conversores estão chegando ao mercado, hoje, entre R$ 499 (resolução standard) e R$ 1.099 (alta definição). Durante o jantar de comemoração dos 45 anos da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Costa defendeu que seja criado um programa a exemplo do feito para o computador popular, que levou microcomputadores para classes mais pobres a R$ 600.
De acordo com o ministro, os incentivos seriam dados não apenas para indústrias da zona franca de Manaus (AM) mas de todo o país. "Somente vamos conseguir isso se dermos para essa caixa conversora os mesmo benefícios do computador popular. Ela pode, sim, chegar ao consumidor a R$ 200." Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ameaçou estimular a importação de conversores para forçar a redução dos preços ao consumidor.
Para a indústria, porém, a ameaça é inócua, pois o Brasil escolheu um sistema tecnológico próprio, com especificidades que não existem em outros países. Enquanto o Japão usa o sistema de compressão de sinais Mpeg-2, o Brasil adotou uma versão mais recente, o Mpeg-4, considerado mais apropriado para cidades com alta densidade de prédios. Outra diferença está na adoção do software ginga, que permitirá a interatividade, desenvolvido por PUC-RJ e UFPB. Os grandes fabricantes ouvidos pela Folha sustentam que os preços cairão à proporção do aumento da demanda.
fonte: Folha Online - 27/11/2007
Autor: Coordenação Software Público
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