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cbsoft2017/content/01-introduction.tex
... | ... | @@ -9,7 +9,7 @@ Público Brasileiro é considerado um bem público e o governo federal assume |
9 | 9 | algumas responsabilidades relacionadas ao seu uso, mas tem os mesmos princípios |
10 | 10 | de desenvolvimento de software livre, tal qual a tendência à descentralização |
11 | 11 | na tomada de decisões, o compartilhamento de informações e do desenvolvimento |
12 | -(código), e a interação contínua com seus usuários. Em 2007, o governo federal | |
12 | +(código-fonte), e a interação contínua com seus usuários. Em 2007, o governo federal | |
13 | 13 | lançou o Portal SPB com o objetivo de compartilhar projetos de software livre |
14 | 14 | desenvolvidos pelo governo brasileiro. Adicionalmente, a Instrução Normativa |
15 | 15 | (IN 04/2012) determina que os agentes públicos devem priorizar as soluções |
... | ... | @@ -17,7 +17,7 @@ disponíveis no Portal SPB. Em suma, a aquisição de uma solução proprietári |
17 | 17 | deve ser explicitamente justificada ao demonstrar que não há alternativa |
18 | 18 | adequada no Portal SPB. |
19 | 19 | |
20 | -Entretanto, desde 2009, o Portal SPB teve vários problemas técnicas. O código | |
20 | +Entretanto, desde 2009, o Portal SPB apresentou vários problemas técnicos. O código-fonte | |
21 | 21 | original da plataforma não estava mais sendo desenvolvido, e havia uma grande |
22 | 22 | quantidade de dívidas técnicas para superar. Depois de alguns eventos e |
23 | 23 | encontros para coletar os requisitos via os agentes do governo federal e da |
... | ... | @@ -29,7 +29,7 @@ para desenvolvimento de software colaborativo, e inclui funcionalidades para |
29 | 29 | redes sociais, listas de discussão, sistema de controle de versão e |
30 | 30 | monitoramento de qualidade de código-fonte. Para coordenar e desenvolver esse |
31 | 31 | projeto durante 30 meses, a UnB recebeu do Governo Federal Brasileiro um total |
32 | -de 2.619.965,00 reais. | |
32 | +de R\$ 2.619.965,00. | |
33 | 33 | |
34 | 34 | O projeto foi desenvolvido por uma equipe de 3 professores, 2 estudantes de |
35 | 35 | mestrado e cerca de 50 alunos de graduação (não todos ao mesmo tempo), |
... | ... | @@ -45,7 +45,7 @@ Nosso processo foi baseado em práticas ágeis e nos mecanismos empíricos das |
45 | 45 | comunidades de software livre. Definimos ciclos de desenvolvimento e lançamos 5 |
46 | 46 | versões do novo Portal SPB. A primeira versão (beta) foi disponibilizada em |
47 | 47 | setembro de 2014, apenas 9 meses desde o início do projeto. O antigo portal foi |
48 | -desligado em setembro de 2015. Por fim, a última versão foi entregue em junho | |
48 | +desativado em setembro de 2015. Por fim, a última versão foi entregue em junho | |
49 | 49 | de 2016. |
50 | 50 | |
51 | 51 | Neste relato temos como agenda apresentarmos uma visão geral dessa nova geração | ... | ... |
cbsoft2017/content/04-architecture.tex
1 | 1 | \section{Visão geral do novo Portal SPB} |
2 | 2 | \label{sec:architecture} |
3 | 3 | |
4 | -Com base em uma extensa lista de requisitos funcionais definidos pelo Governo | |
5 | -Federal do Brasil, selecionamos alguns sistemas livres compor a solução | |
6 | -proposta para o novo SPB. Avaliamos os sistemas que juntos poderiam fornecer o | |
7 | -maior sub-conjunto possível dos requisitos. Nós também estávamos convencidos de | |
8 | -que seria impossível fornecer todas as funcionalidade com uma única ferramenta. | |
9 | - | |
10 | -Do ponto de vista da arquitetura, dois requisitos eram importantes para a nova | |
11 | -plataforma: | |
4 | +Com base em uma extensa lista de requisitos funcionais definidos pelo MP, | |
5 | +selecionamos alguns sistemas livres candidatos à compor a solução proposta para | |
6 | +o novo SPB e avaliamos os sistemas que juntos poderiam fornecer o maior | |
7 | +sub-conjunto possível dos requisitos. Do ponto de vista da arquitetura, dois | |
8 | +requisitos eram importantes para a nova plataforma: | |
12 | 9 | |
13 | 10 | \begin{enumerate} |
14 | 11 | \item \textit{Integrar sistemas livres existentes}, com diferenças mínimas de suas versões originais; |
15 | -\item \textit{Fornecer uma interface de usuário unificada} entre os diferentes sistemas, bem como a autenticação centralizada. | |
12 | +\item \textit{Fornecer uma experiência de usuário unificada} entre os diferentes sistemas, bem como a autenticação centralizada. | |
16 | 13 | \end{enumerate} |
17 | 14 | |
18 | 15 | A adoção de sistemas livres existentes e a minimização de mudanças feitas |
19 | 16 | localmente tiveram como objetivo ser capazes de atualizar para versões mais |
20 | -recentes do software original, nos beneficiando pelas melhorias e manutenção feitas | |
21 | -pelas comunidades de projetos existentes. Proporcionar uma interface de usuário | |
22 | -consistente em cima dessas diferentes ferramentas era necessária para fazer a | |
23 | -transição entre os diferentes sistemas sem a percepção do ponto de vista dos | |
24 | -usuários, ou seja, sem confundí-lo através de interfaces completamente | |
25 | -diferentes ao interagir com o portal. | |
17 | +recentes do software original, nos beneficiando pelas melhorias e manutenção | |
18 | +feitas pelas comunidades de projetos existentes. Proporcionar uma experiência | |
19 | +de usuário consistente em cima dessas diferentes ferramentas era necessária | |
20 | +para fazer a transição entre os diferentes sistemas sem a percepção do ponto de | |
21 | +vista dos usuários, ou seja, sem confundí-lo através de interfaces gráficas | |
22 | +completamente distintas ao interagir com o portal. | |
26 | 23 | |
27 | 24 | Para o primeiro requisito, identificamos quatro sistemas principais que exigiam |
28 | 25 | equipes especializadas para o trabalho no processo de integração. As equipes |
... | ... | @@ -58,12 +55,12 @@ desenvolvimento colaborativo em torno do repositório. |
58 | 55 | |
59 | 56 | \item \textbf{Mezuro\footnote{\url{http://mezuro.org/}}:} é uma plataforma para |
60 | 57 | coletar métricas de código-fonte com o objetivo de monitorar a qualidade |
61 | -interna de projetos de software livre escrito em C, C ++, Java, Python, Ruby ou | |
58 | +interna de projetos de software livre escritos em C, C ++, Java, Python, Ruby ou | |
62 | 59 | PHP. |
63 | 60 | |
64 | 61 | \end{itemize} |
65 | 62 | |
66 | -Do ponto de vista prático, a plataforma SPB foi implantada em 7 máquinas | |
63 | +Do ponto de vista da implantação, a plataforma SPB foi distribuída em 7 máquinas | |
67 | 64 | virtuais com diferentes |
68 | 65 | funções\footnote{\url{https://softwarepublico.gov.br/doc/arquitetura.html}}. |
69 | 66 | ... | ... |
cbsoft2017/content/07-process.tex
... | ... | @@ -2,23 +2,23 @@ |
2 | 2 | \label{sec:process} |
3 | 3 | |
4 | 4 | A nossa equipe de desenvolvimento era composta por profissionais com diferentes |
5 | -níveis e habilidades, sendo a maioria deles estudantes de graduação de | |
6 | -engenharia de software (a partir do 4º semestre de curso). Uma vez que os | |
7 | -alunos não podiam dedicar muitas horas por semana ao projeto, eles sempre | |
8 | -tiveram a flexibilidade para negociar seus horários de trabalho durante o | |
9 | -semestre, a fim de não prejudicar a sua formação. Sua rotina de trabalho diária | |
10 | -no projeto incluiu programação e tarefas de DevOps (contabilizando 16 | |
11 | -horas-semanais). | |
12 | - | |
13 | -O desenvolvimento do projeto SPB exigiu uma vasta experiência, que os alunos de | |
5 | +níveis de experiência e habilidades, sendo a maioria deles estudantes de | |
6 | +graduação de engenharia de software (a partir do 4º semestre de curso). Uma vez | |
7 | +que os alunos não podiam dedicar muitas horas por semana ao projeto, eles | |
8 | +sempre tiveram a flexibilidade para negociar seus horários de trabalho durante | |
9 | +o semestre, a fim de não prejudicar a sua formação. Sua rotina de trabalho | |
10 | +diária no projeto incluiu programação, testes e tarefas de DevOps | |
11 | +(contabilizando 16 horas-semanais). | |
12 | + | |
13 | +O desenvolvimento do projeto SPB exigiu experiência avançada, que os alunos de | |
14 | 14 | graduação geralmente ainda não têm. Por essa razão, alguns desenvolvedores |
15 | -sênior se juntaram ao projeto para ajudar com as questões mais difíceis e | |
16 | -transferir conhecimento aos alunos. Sua principal tarefa era fornecer soluções | |
17 | -para problemas complexos. Como esses profissionais são muito hábeis e o projeto | |
18 | -não poderia financiar um trabalho de tempo integral, eles trabalharam | |
15 | +sênior se juntaram ao projeto para ajudar com as questões mais difíceis, além | |
16 | +de transferir conhecimento aos alunos. Sua principal tarefa era fornecer | |
17 | +soluções para problemas complexos. Como esses profissionais são muito hábeis e | |
18 | +o projeto não poderia financiar um trabalho de tempo integral, eles trabalharam | |
19 | 19 | parcialmente no projeto (20 horas-semanais). Além disso, eles viviam em estados |
20 | -diferentes espalhados pelo Brasil, ou até outros países, o que levou muita da | |
21 | -comunicação a ser on-line. | |
20 | +diferentes espalhados pelo Brasil, ou até em outros países, o que levou muito | |
21 | +da comunicação a ser on-line. | |
22 | 22 | |
23 | 23 | Em resumo, nosso processo de trabalho foi baseado em práticas de |
24 | 24 | desenvolvimento de software livre e colaborativo. O processo de desenvolvimento |
... | ... | @@ -27,12 +27,11 @@ livre, destacando o alto grau de automação resultante das práticas de DevOps. |
27 | 27 | Assim, o processo de trabalho foi executado de forma cadenciada e contínua. |
28 | 28 | |
29 | 29 | Finalmente, o último grupo de participantes desse projeto foi composto por |
30 | -funcionários do Ministério | |
31 | -do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP). Todas as decisões do projeto, | |
30 | +servidores públicos do MP. Todas as decisões do projeto, | |
32 | 31 | validações e definições de escopo foram feitas com eles. Dessa forma, |
33 | 32 | desenvolvemos produtos de software de forma incremental, com lançamentos |
34 | -alinhados aos objetivos estratégicos do negócio. Como se pode ver, o projeto | |
35 | -tinha muitos tipos diferentes de \textit{stakeholders} que tinham de ser | |
33 | +alinhados aos objetivos estratégicos do negócio. O projeto | |
34 | +tinha muitos perfis diferentes de \textit{stakeholders} que tinham de ser | |
36 | 35 | organizados e sincronizados. |
37 | 36 | |
38 | 37 | \subsection{Organização da equipe} |
... | ... | @@ -52,49 +51,50 @@ organização do projeto: |
52 | 51 | \item Deve haver uma manhã ou uma tarde por semana quando \emph{todos} deverem |
53 | 52 | estar juntos fisicamente no laboratório (exceto, é claro, os membros da |
54 | 53 | equipe remota, mas que estarão on-line). |
55 | -\item A cada 2 ou 3 meses, os desenvolvedores sêniors (residentes no Brasil) | |
56 | - voaria e trabalharia ao lado dos alunos por uma semana. | |
54 | +\item A cada 2 ou 3 meses, os desenvolvedores sêniores (residentes no Brasil) | |
55 | +trabalharia presencialmente ao lado dos alunos por uma semana. | |
57 | 56 | \end{enumerate} |
58 | 57 | |
59 | 58 | Com as regras acima, dividimos todo o projeto em quatro equipes diferentes: |
60 | 59 | Colab, Noosfero, Design e DevOps. Cada equipe tinha um líder (\textit{coach}) |
61 | 60 | responsável por reduzir o problema de comunicação com as outras equipes e |
62 | -ajudar os membros a se organizar da melhor maneira para todos (sempre | |
61 | +ajudar os membros a se organizarem da melhor maneira para todos (sempre | |
63 | 62 | respeitando seu tempo de trabalho). O \textit{coach} sempre foi um dos alunos |
64 | 63 | que trabalhava como desenvolvedor na equipe com o dever extra de registar as |
65 | 64 | tarefas atuais desenvolvidas na iteração (\textit{sprint}) e com a |
66 | -responsabilidade de conversar com outras equipes. Uma coisa importante a | |
67 | -observar é a mutabilidade da equipe e do \textit{coach}, pois durante o projeto | |
68 | -muitos alunos mudaram de equipes para tentar ter diferentes experiências em | |
69 | -diversas áreas. | |
65 | +responsabilidade de conversar com outras equipes. É importante salientar sobre | |
66 | +a alta rotatividade da equipe e do \textit{coach}, pois durante o projeto | |
67 | +muitos alunos mudaram de equipe para tentar ter diferentes experiências em | |
68 | +diversas áreas/tecnologias, além daqueles alunos que naturalmente foram se | |
69 | +formando. | |
70 | 70 | |
71 | 71 | Uma característica das equipes foi a presença de (pelo menos) um sênior por |
72 | 72 | equipe. Isso era essencial, porque as decisões difíceis e os problemas |
73 | 73 | complexos, geralmente, foram resolvidos ao consultá-los. Essa dinâmica |
74 | -incentivamos aos demais alunos a terem o mesmo compartamento do \textit{coach} | |
75 | -mesmo sem serem. Por fim, os desenvolvedores sêniors trabalharam diretamente | |
74 | +incentivou os demais alunos a terem o mesmo compartamento do \textit{coach} | |
75 | +mesmo sem serem. Por fim, os desenvolvedores sêniores trabalharam diretamente | |
76 | 76 | com os alunos, e isso foi importante para dar ao graduando a oportunidade de |
77 | -interagir com profissionais experientes em sua área e manter o conhecimento | |
78 | -fluindo no projeto. | |
77 | +interagir com profissionais experientes em sua área, além de manter o | |
78 | +conhecimento no projeto compartilhado entre as equipes. | |
79 | 79 | |
80 | 80 | Por fim, tivemos ainda dois últimos elementos da organização da equipe que |
81 | -foram essenciais para a harmonia do projeto: o \textit{meta-coach} e | |
82 | -professores. O primeiro era um engenheiro de software recentemente graduado | |
83 | -(nossos ex-alunos) e que queria continuar trabalhando no projeto; estes últimos | |
84 | -eram professores que orquestraram todas as interações entre todos os membros do | |
85 | -projeto, inclusive do governo federal. O \textit{meta-coach} normalmente | |
86 | -trabalhava em uma equipe específica e tinha a tarefa extra de conhecer o estado | |
87 | -atual de todas as equipes. Os professores e \textit{meta-coach} trabalharam | |
88 | -juntos para reduzir o problema de comunicação entre todas as equipes (o que | |
89 | -tornava-se mais complexo conforme a evolução do volume de trabalho). Por | |
90 | -último, todas as tarefas burocráticas, como a elaboração de relatórios sobre o | |
91 | -progresso do projeto para o Ministério, foi tratada pelos professores, mas com | |
92 | -o envolvimento de toda a equipe. | |
81 | +foram essenciais para a harmonia do projeto: o \textit{meta-coach} e os | |
82 | +professores. O primeiro era um engenheiro de software recentemente graduado, | |
83 | +egresso, e que queria continuar trabalhando no projeto; esses últimos eram | |
84 | +professores que orquestraram todas as interações entre todos os membros do | |
85 | +projeto, inclusive do MP. O \textit{meta-coach} normalmente trabalhava em uma | |
86 | +equipe específica e tinha a tarefa extra de conhecer o estado atual de todas as | |
87 | +equipes. Os professores e \textit{meta-coach} trabalharam juntos para reduzir o | |
88 | +problema de comunicação entre todas as equipes (o que tornou-se mais complexo | |
89 | +conforme a evolução do volume de trabalho). Por último, todas as tarefas | |
90 | +burocráticas, como a elaboração de relatórios sobre o progresso do projeto para | |
91 | +o Ministério, foi tratada pelos professores, mas com o envolvimento de toda a | |
92 | +equipe. | |
93 | 93 | |
94 | 94 | \subsection{Comunicação e gestão das tarefas} |
95 | 95 | |
96 | 96 | Nossa equipe tinha muitas pessoas trabalhando em conjunto, e a maioria dos |
97 | -sêniors trabalhavam remotamente. Além disso, tentamos manter nosso trabalho | |
97 | +sêniores trabalhavam remotamente. Além disso, tentamos manter nosso trabalho | |
98 | 98 | completamente transparente para o governo brasileiro e os cidadãos interessados |
99 | 99 | em seguir o projeto. Para lidar com esses casos, usamos um conjunto de |
100 | 100 | ferramentas de comunicação e outras para gerenciar o projeto. |
... | ... | @@ -106,11 +106,11 @@ editor, com ambos digitando e vendo a tela. Para perguntas e discussão rápida, |
106 | 106 | usamos o IRC. Para a notificação geral, usamos as listas de discussão. |
107 | 107 | |
108 | 108 | Para a gestão do projeto utilizávamos o próprio Portal SPB; Primeiro para |
109 | -validá-lo por nós mesmos, e também porque ele tem todas as ferramentas | |
109 | +validá-lo por nós mesmos, e também porque ele tinha as ferramentas | |
110 | 110 | necessárias para o nosso projeto. Basicamente, criamos uma página Wiki, no |
111 | 111 | Gitlab integrado ao SPB, com um mapeamento entre as visões estratégica, tática |
112 | 112 | e operacional. Do ponto de vista prático, um ``milestone'' no GitLab era uma |
113 | -``História de Usuário" (funcionalidade) e um ou mais ``issues'' no GitLab era | |
113 | +``História de Usuário" (funcionalidade) e um ou mais ``issues'' no GitLab eram | |
114 | 114 | as tarefas para o desenvolvimento da funcionalidade em questão. Com essa |
115 | 115 | abordagem, conseguimos dois objetivos importantes: manter toda a gestão o mais |
116 | 116 | próximo possível do código-fonte e acompanhar cada funcionalidade desenvolvida |
... | ... | @@ -120,56 +120,59 @@ plataforma). |
120 | 120 | \subsection{Acompanhamento e gerenciamento de projeto de alto nível} |
121 | 121 | |
122 | 122 | O governo brasileiro costuma trabalhar com o desenvolvimento de software de uma |
123 | -forma mais tradicional, diferentemente de nós com métodos ágeis e software | |
124 | -livre. Essa dissonância nos causou um ruído de comunicação com o governo. Foi | |
125 | -especialmente difícil convencê-los a aceitar a ideia de escopo aberto e | |
126 | -desenvolvimento ágil. Entretanto, depois de meses de trabalho e mostrando | |
127 | -resultados, eles deixaram de resistir aos métodos empíricos. | |
128 | - | |
129 | -Definimos algum nível de granularidade de reunião para evitar gerar demasiada | |
130 | -sobrecarga para os desenvolvedores. Tínhamos reuniões estratégica mensal e | |
131 | -reuniões planejamento e revisão a cada 15 dias. Na reunião estratégica, | |
132 | -geralmente, definimos as prioridades e as funcionalidades importantes para o | |
133 | -governo. Normalmente, os professores, os \textit{coaches} de cada equipe, os | |
134 | -\textit{meta-coaches} e alguns analistas do Ministério do Planejamento | |
135 | -participavam dessa reunião. Em geral, discutíamos o que a equipe já produziu | |
136 | -desde nossa última reunião e definíamos as funcionalidades para a próxima | |
137 | -versão. Observe que apenas parte da equipe participava dessas reuniões | |
138 | -estratégicas, mas todos os estudantes interessados estavam convidados a | |
139 | -participar (pois muitos estudantes quiseram essa experiência durante o | |
140 | -projeto). | |
141 | - | |
142 | -Depois dos encontros estratégicos com os principais atores envolvidos do | |
143 | -governo, tínhamos um turno de planejamento com todas as equipes juntas. Nessa | |
144 | -parte, cada equipe trabalhava junto para converter os requisitos em partes | |
145 | -menores (histórias de usuário) que era representadas como ``Épicos'' da | |
146 | -``release'' em desenvolvimento. Cada \textit{coach} era responsável pela | |
147 | -condução do planejamento, e depois a equipe toda a registrava na página wiki do | |
148 | -projeto (wiki fornecido pelo Gitlab do SPB). Baseado nos ``épicos'', a cada 15 | |
149 | -dias a equipe gerava um o planejamento da iteração/ciclo de desenvolvimento | |
150 | -(com os pequenos passos dos problemas mapeados). Para manter o governo | |
151 | -brasileiro sempre atualizado, convidávamos-os a trabalhar conosco para validar | |
152 | -as funcionalidades em desenvolvimento. Para isso, tínhamos uma reunião a cada | |
153 | -15 dia. E para manter nosso fluxo de gestão de tarefas, usando a própria | |
154 | -plataforma do SPB, especialmente o Gitlab, tínhamos: | |
123 | +forma mais tradicional, diferentemente de nós que utilizamos métodos ágeis e | |
124 | +software livre. Essa dissonância nos causou um ruído de comunicação com o MP. | |
125 | +Foi especialmente difícil convencê-los a aceitar a ideia de escopo aberto e | |
126 | +desenvolvimento ágil. Entretanto, depois de meses de trabalho e na medida em | |
127 | +que os resultados foram se concretizando, em especial a entrega e implantação | |
128 | +frequente de \textit{releases}, a resistência foi gradualmente diminuindo. | |
129 | + | |
130 | +Definimos níveis de granularidade das reuniões para evitar gerar demasiada | |
131 | +sobrecarga para os membros das equipes, em especial para os alunos. Tínhamos | |
132 | +reuniões de caráter estratégico, com periodicidade mensal, e reuniões | |
133 | +planejamento e revisão de sprints a cada 15 dias. Na reunião estratégica, | |
134 | +geralmente, eram definidas as prioridades estratégicas do MP, e com isso o | |
135 | +conjunto de funcionalidades importantes para atender àquelas prioridades | |
136 | +estratégicas. Normalmente, os professores, os \textit{coaches} de cada equipe, | |
137 | +os \textit{meta-coaches} e alguns analistas do MP participavam dessa reunião. | |
138 | +Em geral, discutíamos o que a equipe já produziu desde nossa última reunião e | |
139 | +priorizámos as funcionalidades para a próxima versão. Observe que apenas parte | |
140 | +da equipe participava dessas reuniões estratégicas, mas todos os estudantes | |
141 | +interessados estavam convidados a participar (pois muitos estudantes quiseram | |
142 | +passar por essa experiência durante o projeto). | |
143 | + | |
144 | +Depois dos encontros estratégicos com os principais atores envolvidos do MP, | |
145 | +tínhamos um turno de planejamento com todas as equipes juntas. Nessa parte, | |
146 | +cada equipe trabalhava junto para converter a representação dos requisitos em | |
147 | +``épicos da \textit{release}'' em desenvolvimento, em requisitos menores | |
148 | +(histórias de usuário). Cada \textit{coach} era responsável pela condução do | |
149 | +planejamento, e depois a equipe toda a registrava na página wiki do projeto | |
150 | +(wiki fornecido pelo Gitlab do SPB). Baseado nos ``épicos'', a cada 15 dias a | |
151 | +equipe gerava um o planejamento da iteração/ciclo de desenvolvimento (com os | |
152 | +pequenos passos dos problemas mapeados). Para manter o MP sempre atualizado, | |
153 | +convidávamos-os a trabalhar conosco para validar as funcionalidades em | |
154 | +desenvolvimento. Para isso, tínhamos uma reunião a cada 15 dia. E para manter | |
155 | +nosso fluxo de gestão de tarefas, usando a própria plataforma do SPB, | |
156 | +especialmente o Gitlab, tínhamos: | |
155 | 157 | |
156 | 158 | \begin{enumerate} |
157 | 159 | |
158 | -\item Temos uma organização com muitos repositórios para cada ferramenta | |
160 | +\item uma organização com muitos repositórios para cada ferramenta | |
159 | 161 | integrada e sub-sistema; |
160 | 162 | |
161 | -\item Cada \textit{milestone} foi usado para registrar uma história de usuário; | |
163 | +\item cada \textit{milestone} foi usado para registrar uma história de usuário; | |
162 | 164 | |
163 | -\item Cada \textit{release} tem uma página no wiki com a compilação da reunião | |
164 | -estratégica e o mapeamento sistemático das funcionalidades planejadas; | |
165 | +\item cada \textit{release} teve uma página na wiki com a compilação da reunião | |
166 | +estratégica e o mapeamento das funcionalidades planejadas; | |
165 | 167 | |
166 | -\item Para cada \textit{milestone} (história de usuário) tem um conjunto de | |
168 | +\item para cada \textit{milestone} (história de usuário) tem um conjunto de | |
167 | 169 | \textit{issues} (tarefas) específicas, que também são mapeadas na wiki da |
168 | 170 | \textit{release}, indicando qual dupla de desenvolvedores está trabalhando na |
169 | 171 | \textit{issue} em questão. |
170 | 172 | |
171 | 173 | \end{enumerate} |
172 | 174 | |
173 | -Em suma, esse fluxo de trabalho proporcionou a nós e aos participantes pelo | |
174 | -governo brasileiro uma rastreabilidade completa e uma visão de alto nível de | |
175 | -cada funcionalidade (requisito) até para o nível mais baixo (código). | |
175 | +Em suma, esse fluxo de trabalho proporcionou a nós e aos envolvidos do MP uma | |
176 | +rastreabilidade completa do alinhamento estratégico do negócio, a uma visão de | |
177 | +alto nível de cada funcionalidade (requisito/épico), a uma visão de grão | |
178 | +menor dos requisitos(história de usuário) até o código-fonte. | ... | ... |
cbsoft2017/content/09-lessons.tex
... | ... | @@ -5,8 +5,7 @@ |
5 | 5 | % |
6 | 6 | Nossa equipe foi composta principalmente de estudantes de graduação em |
7 | 7 | engenharia de software, que tiveram a oportunidade de interagir com |
8 | -desenvolvedores sênior e designers dentro da equipe, bem como com a equipe de | |
9 | -técnicos e gerentes do governo brasileiro. | |
8 | +desenvolvedores e designers sêniores dentro da equipe, bem como com a equipe de técnicos e gerentes do governo brasileiro. | |
10 | 9 | % |
11 | 10 | Eles interagiram com profissionais que possuíam diversos conhecimentos e foram |
12 | 11 | capazes de participar em todos os níveis do processo de desenvolvimento de |
... | ... | @@ -37,19 +36,14 @@ maneira coletiva, colaborativa e aberta. E mesmo sob um ambiente potencialmente |
37 | 36 | adverso, o projeto entregou a solução desejada com sucesso. |
38 | 37 | % |
39 | 38 | Ao final do projeto, notamos que as habilidades desenvolvidas pelos alunos |
40 | -estavam no estado da arte da prática de engenharia de software. Depois que o | |
41 | -projeto terminou, tivemos membros da equipe que abraçaram com sucesso | |
39 | +os capacitaram próximo ao estado da prática de engenharia de software. Após a conclus\~ao do | |
40 | +projeto, tivemos membros da equipe que abraçaram com sucesso | |
42 | 41 | oportunidades em organizações públicas, privadas, nacionais e internacionais, |
43 | -além dos estudantes que entraram no empreendedorismo e abriram suas próprias | |
44 | -empresas. No início do projeto, as partes interessadas do governo brasileiro | |
45 | -tinham certas expectativas sobre o desenvolvimento de projetos que, digamos, | |
46 | -não correspondiam exatamente ao nosso trabalho baseado em práticas ágeis e de | |
47 | -software livre. Tivemos que desenvolver estratégias que apoiassem diferentes | |
48 | -culturas organizacionais. Conforme relatado na seção\ref{sec:process}, o Ministério do Planejamento é | |
49 | -organizado em uma estrutura organizacional hierárquica, tipicamente, | |
50 | -um paradigma de desenvolvimento tradicional. Portanto, tivemos que criar um | |
51 | -processo de ``tradução'' entre nossa equipe e os analistas do MP que gerenciaram o | |
52 | -projeto do lado deles. | |
42 | +além dos estudantes que empreenderam e abriram suas próprias | |
43 | +empresas. Conforme relatado na seção\ref{sec:process}, o MP possui uma estrutura organizacional funcional, hierárquica, tipicamente presente no paradigma de desenvolvimento tradicional. Diante disso, tivemos que desenvolver estratégias e processos de trabalho que apoiassem a comunicação de diferentes culturas organizacionais. | |
44 | + | |
45 | + | |
46 | + | |
53 | 47 | |
54 | 48 | \textbf{Gerenciar separadamente os objetivos de nível estratégico e de nível operacional.} |
55 | 49 | % |
... | ... | @@ -62,43 +56,33 @@ sobrecarregando os professores, uma vez eles eram responsáveis por |
62 | 56 | manter o alinhamento estratégico do MP sincronizado com os planejamentos de |
63 | 57 | implementação da equipe de desenvolvimento, especialmente à luz do |
64 | 58 | desmembramento cultural acima mencionado. A mistura de ambas as preocupações |
65 | -nas mesmas discussões causava confusão em ambos os lados. Para o meio e fim do | |
59 | +nas mesmas discussões causava confusão em ambos os lados. Na metade final do | |
66 | 60 | projeto, conseguimos manter essas preocupações separadas, o que facilitou o |
67 | 61 | trabalho de todos os envolvidos. |
68 | 62 | |
69 | 63 | \textbf{Não aceitar más decisões técnicas por questões políticas.} |
70 | 64 | % |
71 | -Nas fases iniciais do projeto, por motivação política e pessoal, os principais | |
72 | -atores do governo brasileiro, envolvidos na época, impuseram o uso da Colab | |
73 | -para orientar o desenvolvimento da nova plataforma SPB. Nossa equipe estava | |
74 | -totalmente contra a essa ideia, porque já sabíamos que o Colab era um projeto | |
75 | -muito experimental e sua adoção poderia aumentar dramaticamente a complexidade | |
76 | -do projeto. Mesmo nós fornecendo as razões técnicas para não utilizar Colab, MP | |
77 | -foi inflexível e tivemos de gerir este problema. Fizemos mudanças maciças e, ao | |
78 | -final do projeto, reescrevemos completamente o Colab e o tornamos estável (o | |
79 | -transformando em um Sistema de Sistema em camada de aplicação). É importante | |
80 | -notar que o MP nos obrigou a aceitar uma questão técnica baseada apenas em | |
81 | -interesses políticos, sem considerar todos os recursos que seriam gastos devido | |
82 | -a essa decisão. Ao final do projeto, verificamos que a Colab de fato consumiu a | |
83 | -maior quantidade do orçamento e aumentou a complexidade do projeto. | |
65 | +Nas fases iniciais do projeto, por motivação política, os principais | |
66 | +atores do MP, envolvidos à época, impuseram a restrição do uso do software Colab. Nossa equipe foi contra a essa ideia, porque sabíamos que o Colab era um projeto | |
67 | +muito experimental e sua adoção poderia aumentar a complexidade | |
68 | +do projeto. Mesmo com as justificativas técnicas para não adoção do Colab, o MP manteve a restrição e tivemos de gerir este problema. Para adequar o Colab às necessidades do SPB, ao | |
69 | +final do projeto, tivemos que reescrevê-lo e com isso, o tornamos estável (o | |
70 | +transformando em um Sistema de Sistema em camada de aplicação). Ao final do projeto, verificamos que o Colab, de fato, consumiu a | |
71 | +maior quantidade do orçamento e contribuiu sobremaneira para o aumento da complexidade do projeto. | |
84 | 72 | |
85 | 73 | \textbf{Considerar a sustentabilidade desde o início.} |
86 | 74 | % |
87 | 75 | No processo de implantação da plataforma SPB na estrutura do MP, tivemos que |
88 | -interagir com os técnicos do MP. Fizemos vários workshops, treinamento e uma | |
76 | +interagir com os técnicos do MP. Realizamos workshops, treinamentos e uma | |
89 | 77 | documentação meticulosa descrevendo todos os procedimentos necessários para |
90 | -atualizar a plataforma, no entanto, percebemos que os técnicos do MP | |
91 | -constantemente evitavam essa responsabilidade. Depois de notar essa situação, | |
92 | -nós organizamos uma equipe de DevOps específica que automatizou completamente | |
93 | -todo o procedimento de implantação. Nós simplificamos toda a implantação da | |
94 | -plataforma para algumas etapas: (1) configurações iniciais (apenas configuração | |
95 | -SSH) e (2) a execução de comandos simples para atualizar completamente a | |
96 | -plataforma. Ao final do projeto, observamos que os técnicos do MP sempre dependiam | |
78 | +atualizar a plataforma. Organizamos uma equipe específica de DevOps que automatizou completamente | |
79 | +todo o procedimento de implantação. Simplificamos a implantação da | |
80 | +plataforma em algumas etapas: (1) configurações iniciais (apenas configuração | |
81 | +SSH) e (2) a execução de comandos para atualizar completamente o ambiente. Ao final do projeto, observamos que os técnicos do MP sempre dependiam | |
97 | 82 | do nosso apoio para atualizar a plataforma, mesmo com toda a automação |
98 | -fornecida por nós. Ficamos tristemente com um sentimento de incerteza sobre o | |
99 | -futuro da plataforma após o término do projeto. Em retrospectiva, percebemos | |
83 | +fornecida por nós. Em retrospectiva, percebemos | |
100 | 84 | que o MP dedicou analistas de sistemas e gerentes para o projeto, mas não |
101 | -técnicos de operações e desenvolvedores, que deveria ter sido envolvido com o | |
85 | +técnicos de operações e desenvolvedores, que deveriam ter sido envolvidos com o | |
102 | 86 | processo para que pudessem, pelo menos, de forma confortável, fazer a manutenção |
103 | 87 | da infra-estrutura plataforma. |
104 | 88 | |
... | ... | @@ -111,6 +95,6 @@ disponíveis no próprio Portal SPB. Também contribuímos com funcionalidades e |
111 | 95 | melhorias para as respectivas comunidades dos projetos integrados: que |
112 | 96 | beneficiam essas comunidades, assim como nós, pois podemos compartilhar o |
113 | 97 | desenvolvimento futuro e o esforço de manutenção com outras organizações que |
114 | -participam de seus projetos. | |
98 | +participam desses projetos. | |
115 | 99 | |
116 | 100 | ... | ... |
cbsoft2017/content/10-finals.tex
... | ... | @@ -19,23 +19,30 @@ Ciência da Computação no IME-USP, na área de Sistemas de Software. Foi |
19 | 19 | pesquisador visitante na Southern Illinois University Carbondale, Estados |
20 | 20 | Unidos, em 2011. Tem um amplo histórico de colaboração com a comunidade |
21 | 21 | software livre brasileira, entre outras, ministrando dezenas de palestras e |
22 | -parcipando como painelista em vários eventos nacionais e internacionais nas últimas | |
23 | -duas décadas. Mais recentemente, coordenou a Evolução do Portal do Software | |
24 | -Público Brasileiro. Também, foi consultor do projeto Participa.Br, na Secretaria-Geral | |
25 | -da Presidência da República, para o desenvolvimento de uma plataforma de | |
26 | -participação social baseada em projetos de software livre. | |
22 | +parcipando como painelista em vários eventos nacionais e internacionais nas | |
23 | +últimas duas décadas. Mais recentemente, coordenou a Evolução do Portal do | |
24 | +Software Público Brasileiro. Também, foi consultor do projeto Participa.Br, na | |
25 | +Secretaria-Geral da Presidência da República, para o desenvolvimento de uma | |
26 | +plataforma de participação social baseada em projetos de software livre. | |
27 | 27 | \\ |
28 | 28 | \\ |
29 | 29 | {\it Hilmer Neri} é professor do Bacharelado em Engenharia de Software da |
30 | -Universidade de Brasília. Está cursando o doutorado em Engenharia de Sistemas e | |
31 | -Computação na COPPE-UFRJ. Em 2002, concluiu seu mestrado em Ciência da | |
32 | -Computação pela Universidade Federal de Campina Grande. Acumula 20 anos de | |
33 | -experiência profissional na indústria de software, tendo atuado em empresas nas | |
34 | -esferas pública e privada. Nos últimos anos tem se dedicado a pesquisar e | |
35 | -praticar aspectos da Produção de Software com foco no Gerenciamento do Produto. | |
36 | -Nessa área, tem colaborado com o desenvolvimento de softwares livres e também | |
37 | -com dados abertos do governo. Entusiasta da área de Engenharia de Software, é | |
38 | -fundador e membro do laboratório LAPPIS, que possui como foco a pesquisa e a | |
39 | -produção de software, destacando a utilização de métodos ágeis aplicados às | |
40 | -áreas de qualidade de produto, análise de dados, segurança e software livre. | |
30 | +Universidade de Brasília. Está cursando o doutorado no programa de Engenharia | |
31 | +de Sistemas e Computação na COPPE-UFRJ. Em 2002, concluiu seu mestrado em | |
32 | +Ciência da Computação pela Universidade Federal de Campina Grande. Acumula 20 | |
33 | +anos de experiência profissional na indústria de software, tendo atuado em | |
34 | +empresas nas esferas pública e privada. Nos últimos anos tem se dedicado a | |
35 | +pesquisar e praticar aspectos da Produção de Software com foco na Qualidade do | |
36 | +Produto de Software. Tem colaborado com o desenvolvimento de softwares livres | |
37 | +e também com dados abertos do governo. Entusiasta da área de Engenharia de | |
38 | +Software, é fundador do laboratório LAPPIS, que possui como foco, a pesquisa e | |
39 | +a produção de software, destacando a utilização de métodos de desenvolvimento | |
40 | +colaborativo e aberto. | |
41 | 41 | |
42 | +\section*{Agradecimentos} | |
43 | + | |
44 | +Agracemos à Melissa Wen, Rodrigo Siqueira, Antonio Terceiro e Lucas Kanashiro | |
45 | +pela co-autoria neste texto. Um agradecimento especial a todos os demais | |
46 | +professores, profissionais e alunos que participaram do projeto. Por fim, | |
47 | +agradecemos ao Prof. Leonardo Lazarte, do CDTC/UnB, e ao Prof. Fabio Kon, do | |
48 | +CCSL-IME-USP, pelas parcerias estratégicas e apoio constante. | ... | ... |